Não volta jamais


Saudade do tempo em que eu tinha medo do escuro. Saudade do tempo onde o paraíso era o parquinho da praça. Saudade do tempo onde minhas bonecas eram como amigas. Saudade do tempo onde meus cabelos viviam cheios de fitas. Saudade do tempo onde dar as mãos era um ato de confiança. Saudade do tempo onde o meu refúgio era uma cabaninha de lençóis. Saudade do tempo onde eu brincava de desenhar sonhos com aquarela. Saudade do tempo onde eu corria sem me preocupar. Saudade do tempo onde o relógio era apenas um enfeite. Saudade do tempo onde minhas risadas eram puras e inocentes. Saudade do tempo onde eu corria e rodava até me cansar. Saudade do tempo que não vai jamais voltar.

2 comentários:

Unknown 26 de setembro de 2009 às 21:35  

"Saudade do tempo onde eu corria e rodava até me cansar." Muita saudade disso :/

Algo de mim 4 de outubro de 2009 às 21:23  

eu acho que eu j'a tinha comentado nesse post, mas sumiu..
adorei o novo lay, de verdade ficou muito legal.
e o texto tambem. achei incrivel. acho que a clarice lispector te um texto assim, s'o que o dela 'e antitese. quando voce le primeiro voce acha que ela nao ama mais o referido, e o superou. mas quando voce le ao contrario voce ve que o eu lirico ainda ama o referido. 'e lindo demais.
adorei o teu! parabens querida

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Não há sentido em decifrar o que há dentro de cada um. Cada cenário diz respeito apenas ao ator que o utiliza como meio de brilhar, imaginar, como ferramenta para existir dento de si.

Aline Ribeiro Cunha.

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"O coração da mulher é assim; parece feito de palha, incendeia-se com facilidade, produz muita fumaça, mas em cinco minutos é tudo cinza que o mais leve sopro espalha e desvanece." Manuel Antônio de Almeida

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