É engraçado quando paramos para refletir sobre o número de vezes que construímos, decoramos e ensaiamos discursos, respostas, textos, pedidos, falas, mas no fim, acabamos não tendo coragem o suficiente para usá-los, dizê-los, gritá-los... Aí, depois de perceber que não tivemos a coragem necessária para exteriorizar o que era preciso, vem a frustração, a vergonha, a raiva. E como consequência dessas situações agoniantes começamos a interiorizar os discursos não ditos e todos aqueles sentimentos cinzentos que acompanharam a covardia. No fim nos tornamos mudos, pois tudo que dizemos não passam de meias verdades, vazios lexicais. Morremos aos poucos quando tal quadro se estabelece. Por isso, diante de tal situação ou literalmente vomitamos tudo que está amontoado caoticamente em nosso íntimo deixando a covardia de lado, ou morremos em vida, tendo de conviver diariamente com um falso ''eu'': apático, derrotado, infeliz. Cabe a cada um decidir se vale a pena deixar o medo de errar se sobrepor à nossa verdade interior.
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Há 10 anos
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