À geração dos moletons banhados em cores e elevados a artigos de luxo por etiquetas note- americanas produzidas por mãos de pele amarela, viva! À geração que se nutri de química, se alimenta com gigas de virtualismo e se rotula culta por saber decorar arrobas de futuros esquecimentos, viva! À geração que é forte aliada e combustível do capitalismo (e que diz deleitar-se dele), viva! À geração americana não por natureza, mas sim pela idealização de uma falsa beleza; cujos lucros tanto alimentam quanto matam de fome milhares de pessoas, viva! À geração hi-tech que se alegra em carregar nos seus cartões de crédito, o tão idealizado poder de consumir, de deter, de ser, viva! Mas que ironia! Uma geração cujo ouro resume-se em plástico codificado! Uma geração que é escrava de números, de especulações, que é escrava de ilusões. Uma geração onde quem produz, mas acima de tudo, quem detém, é rei, quem critica ou é louco, ou jornalista ou é de... Bem, esquerda, direita, tudo se resume na mesma insatisfação de trabalhador burguês. E quem não se adéqua a essa geração é indigente, é índio, não gente. Indigente (e depois publicam, enlevam, extasiam a democracia atual), viva! É melhor que minha boca falante fique quieta antes que alguém me descubra. Antes que eu não tenha chance de me adequar. Antes que o teto sob o qual eu vivo seja retirado de mim.Viva à geração Hi-Tech!
1 comentários:
verdade verdadeira
os olhos vêem o que querem ver
vamos ver o que nos faz mais!
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