Imaginário


Simplesmente não faço mais parte da minha realidade. Ou melhor, minha ex realidade. Comouma roupa velha, muito tempo sem ser usada, não veste bem; minha realidade parece que laceou.Uma espécie de vácuo, uma luz intensa em direção aos meus olhos, eu paro por um instante, tento enxergar o que há por trás. Mas a luz, é muito forte para ser ignorada. Aos poucos fico cega, masessa cegeira esta caindo como uma luva. As vezes essa neblina deixa tudo bem mais fácil, porqueé bom ser transparente, invisível. Mas quando a solidão bate a porta, ah caro amigo, aquela espessaneblina passa a tornar-se um impecílio impenetravel. A luz continua a machucar. Nessa neblina e eume encontro, bem no centro, bem no centro de tudo, todos. Meia noite, todos tornam-se extremamenteinsignificantes. Minha única vontade é ser parte da forte luz, aquela que tanto me cegou. Chega a serengraçado esse antagonismo, um engraçado bem peculiar, amargo. Mas agora pouco me importo em sanidade, porque a minha realidade fugiu de mim, decidiu assolar outra alma qualquer. Ser parte da luz não deve ser tão ruim afinal.

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Não há sentido em decifrar o que há dentro de cada um. Cada cenário diz respeito apenas ao ator que o utiliza como meio de brilhar, imaginar, como ferramenta para existir dento de si.

Aline Ribeiro Cunha.

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"O coração da mulher é assim; parece feito de palha, incendeia-se com facilidade, produz muita fumaça, mas em cinco minutos é tudo cinza que o mais leve sopro espalha e desvanece." Manuel Antônio de Almeida

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