É natal

Porque é sempre assim, essa rotina dita anual,
as luzes acendem-se no jardim,
a estrela brilha no topo de uma árvore,
dita de natal.

Presentes, preparativos, despesas,
Um suspiro pesaroso, ainda há muito a fazer,
muito a fazer, e pouco temos dormido,
afinal são muitas as expectativas (falsas).

É chegada a véspera, as luzes brilham!
Brilham mais plastificadas, alta voltagem, (220 ou 110?).
Abraços superficiais, mas afinal é natal!
É valido que vistamos máscaras,
pelo menos no natal, sejamos felizes.

"Mas e a essência?"
"Ah, essa não vendia na loja mãe."
Deixa para o ano que vem,

que vem, que vem, que vem...

Que na realidade nunca existiu,
nunca existirá.
Somos todos assim,
superficiais,
manipuláveis,

modificados por luzes artificiais de um dito natal,
que perdeu-se na podridão da humanidade.

"Olha filho, é a estrela cadente! Faça um pedido,
e ele se realizará."

"Eu escolho o natal, digo, Natal!"
Inocência de criança...

Bate o sino pequenino,
essencial.

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Não há sentido em decifrar o que há dentro de cada um. Cada cenário diz respeito apenas ao ator que o utiliza como meio de brilhar, imaginar, como ferramenta para existir dento de si.

Aline Ribeiro Cunha.

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"O coração da mulher é assim; parece feito de palha, incendeia-se com facilidade, produz muita fumaça, mas em cinco minutos é tudo cinza que o mais leve sopro espalha e desvanece." Manuel Antônio de Almeida

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